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Introdução:
Muitas vezes, consideramos que a ansiedade é uma reação a uma situação externa.
Contudo, existem vivências, como seja a vivência em casal que te leva a adoptar posturas e respostas que desencadeiam respostas ansiosas.
Mais do que procurar “culpados” o intuito deste artigo é despertar-te para os sinais que o teu relacionamento te está a dar, quando está próximo do fim, ou próximo de uma grande renovação.
Estes 7 sinais são muitas vezes apresentados pelos pacientes e não devem ser ignorados, uma vez que negar a sua existência pode custar-te o estado da tua preciosa saúde mental.
7 sinais que a ansiedade está a indicar-te que o teu relacionamento está a chegar ao fim:

- Sinal 1: Manter o vínculo com o teu parceiro é algo que te assusta e não queres enfrentar.
Quando tentas a aproximação seja através de uma conversa, convite para um programa, a interação com o teu par torna-se pesada e penosa.
Por um lado, queres muito manter o relacionamento, mas por outro lado receias que haja mais uma discussão com várias acusações.
A tua posição ambivalente causa-te vontade de ir ao encontro do outro, mas também te causa dúvida e receio por conter rejeição, indiferença ou desprezo.
Por vezes optas por não fazer nada.
Ao não fazer nada, o relacionamento passa apenas a conter elementos que o tornam funcional, mas desprovido de emoção, afeto, carinho e presença por inteiro.
Reages a esta indefinição de forma ansiosa, intranquila e não te posicionas.
A ansiedade continua lá avisando-te que esta “meia posição” para evitar o conflito, não te serve MAIS.

- Sinal 2: Não te faz sentido sair com as tuas amizades das quais JÁ te afastaste há muito tempo.
Se há muito tempo que não fazes um programa com @s tuas/teus amig@s que fizeram ou fazem parte do teu passado e presente, porque dedicaste todo o teu tempo à família e a@ parceir@…então é hora de repensar essa forma de estar!
Se não consegues agora largar momentaneamente o vínculo com @ tua/teu parceir@ com medo de que as amizades possam “assombrar” a qualidade do teu atual relacionamento, então estás a colocar-te numa posição “entre a espada e a parede”.
Estás a isolar-te no conforto da tua “gaiola dourada” e a não permitir o diálogo e a interação com outr@s que na verdade podem ter o mesmo problema que tu.
A ansiedade estará aí para te demonstrar que tens vontade de socializar e que estás a bloquear essa vontade.
A reação ansiosa intermitente também pode derivar de um medo ambivalente entre desenvolver e nutrir as amizades e ao mesmo tempo ouvir comentários críticos por parte d@ parceir@ acerca dos noss@s amig@s.
A reação ansiosa intermitente também pode derivar de um medo ambivalente entre desenvolver e nutrir as amizades e ao mesmo tempo ouvir comentários críticos por parte d@ parceir@ acerca dos noss@s amig@s.

- Sinal 3: Não sentir prazer faz parte do teu dia-a-dia.
Embora o prazer sexual (líbido) seja uma componente importante no relacionamento adulto, só este tipo de prazer não o define.
Ou seja, a líbido é o resultado do somatório de coisas que os casais fazem para alimentar o seu relacionamento íntimo.
Se a falta de líbido é uma constante na tua vida, então existem questões a ponderar no relacionamento com @ outr@ e contigo mesm@.
Razões estas que podem ser difíceis de abordar, ou podem deixar as pessoas embaraçadas perante os seus dilemas e ao mesmo tempo, o silêncio pode estender uma cortina entre o casal que altera e afeta a comunicação.
Este silêncio que não te permite falar abertamente sobre as dificuldades durante a hora do prazer pode advir de várias situações, nomeadamente:
- Ter uma rotina esgotante no trabalho;
- Não haver divisão de tarefas em casa;
- Não delegar tarefas a outros;
- Não cultivar uma boa autoestima;
- Ser demasiado crítica perante a sua imagem corporal;
- Ter problemas financeiros, problemas de saúde reprodutiva;
- Não ter um relacionamento íntimo aberto com o outro (ex.: existência de segredos entre o casal);
- Não se permitir ter prazer nas pequenas coisas;
- Ter dúvidas quanto à sua identidade sexual.
A ansiedade estará lá com o intuito de te criar consciência sobre como a vivência do teu corpo deve urgentemente ser trabalhado para que possas viver plenamente a tua presença no Aqui e Agora.

- Sinal 4: Os temas de conversa têm sempre um registo de “cobrança”.
Não importa qual o tema de conversa que vocês tentem abordar, o que importa é o ruído emocional que a conversa vos causa. Esse “ruído emocional” tornar-se perturbador e desencoraja a comunicação.
Um d@s dois sente-se vítima (“como se algo lhe tivesse sido roubado”), o outro sente-se com mais poder (“como se algo tivesse em dívida e portanto a ser urgentemente a ser cobrado e a todo o custo”).
Existe AINDA a posição de “salvador@” que corresponde à posição daquele que se dispõe a fazer tudo, até abdicar de si próprio e anular-se do que afirmar a sua vontade. O conflito com o outro evita-se.
Mas o conflito interno instala-se de tal maneira que os anos vão passando e a possibilidade de escolher viver a vida é substituída por sobreviver à vida.
Nesta situação algumas pessoas desenvolvem estados depressivos que se instalam e dão lugar à Depressão.

- Sinal 5: A emoção recorrente é a tristeza que causa a “sensação de vazio”.
Após qualquer tipo de interação com @ parceir@ desencadeia-se a tristeza que às vezes se transforma em frustração, mágoa, amargura ou angústia pelas acusações que se fizeram ou pelo silêncio que se guardou durante tanto tempo. A tristeza em si não é uma emoção patológica. A sua negação, ou seja, a vontade de não queres entrar em contacto com ela, torna-se disfuncional.
Habitualmente as pessoas sentem a tristeza como algo negativo, pesado e por isso fogem dela. Talvez porque a tristeza faz com que te confrontes que a tua vulnerabilidade.
Se a tristeza for suprimida, contida, apagada, então a ela não deixará de existir. Apenas se transformará em zanga, ira, fúria…em certos casos em vários níveis de agressividade (às vezes sob a forma de auto agressão – a pessoa pode sofrer pequenos acidentes, lesões, doenças – ou agressão dirigida ao outr@, seja sob a forma de palavras moralmente desencorajadoras, seja com agressões físicas).
De qualquer forma, é muito importante saber que a tristeza é uma emoção muito mal compreendida. Para alguns é uma vilã, mas na verdade é a tristeza que nos permite entrar em contacto com a nossa sensibilidade e aprofundar laços com maior empatia e compaixão pela condição do próximo.
Convido-te a veres o filme de animação “inside out” ou “divertida mente”, onde poderás constatar que a não vivência da tristeza leva a que as memórias da Riley, se desvaneçam.
Este “apagamento” de memórias tristes resultou do facto da personagem que representa a Alegria ter feito um círculo e ter falado de forma muito persuasiva com a tristeza, dizendo-lhe para ela não voltar a sair dali nunca mais.
Contudo, este pedido acaba por ter um efeito devastador na gestão das emoções e das memórias mais significativas da pequena Riley.

Testemunho da Dina Alves Sobre o ebook:


- Sinal 6: Dias festivos em vez de alegria, causam-te ansiedade e pânico e não sabes porquê.
O tipo de vinculação que se gera na infância com os pais marca significativamente a forma como o adulto vivencia o afeto dentro de um relacionamento.
Se durante a infância se desenrolaram acontecimentos de vida significativos, tais como: morte de uma das figuras parentais de forma precoce,
desaparecimento repentino de um cuidador (ama),
mudança brusca de rotina (mudar de país),
separação parental repentina e continuada não explicada à criança,
exposição a ambiente de promiscuidade e marginalidade, etc.
Então, os dias festivos ficaram associados a eventos traumáticos e sem saberes porquê reages de forma ansiosa.
A criança que está ainda dentro de ti, necessita que compreendas que a ansiedade te a visa que existe algum perigo, alerta ou ameaça associada a esses dias que deveriam ser de alegria.
Por vezes, existem também famílias que não se permitem viver a alegria dos dias festivos, porque há um luto coletivo que ainda não foi feito.
Em qualquer dos casos, o significado que se esconde por detrás da alegria dos dias festivos, impede-te de viveres com plenitude a tua vida e desenvolveres laços afetivos seguros com @ teu/tua parceir@ que se pode questionar sobre o porquê dessa reação.
Nessas situações, aprende a comunicar com as tuas emoções e se a tua intuição te avisa que existe alguma coisa não clara e perturbadora, partilha com @ teu/tua terapeuta.

- Sinal 7: Não há verdadeira independência afetiva das figuras parentais.
Se um dos parceir@s ou @s dois mantêm uma relação muito estreita (quase de dependência) com uma das suas figuras parentais (sejam pais biológicos ou não), então os parceiros não estão livres para decidirem e escolherem a opção que vai realizar as suas vontades.
A relação fusional ou umbilical com um dos pais na idade adulta, confunde os adultos que estão no relacionamento em termos de identidade, de personalidade.
Na infância, a criança necessita de uma figura de referência que a oriente e padronize aquilo que é certo ou errado.
Se o tipo de vínculo com essa figura parental foi marcado pela ausência, ou indisponibilidade e se a ferida não foi curada, então continua a afetar a forma como o adulto se relaciona com as suas próprias decisões.
Como podes imaginar, nessa relação o(s) adulto(s) não estão verdadeiramente disponíveis um para o outr@.
Introdução:
Muitas vezes, consideramos que a ansiedade é uma reação a uma situação externa.
Contudo, existem vivências, como seja a vivência em casal que te leva a adoptar posturas e respostas que desencadeiam respostas ansiosas.
Mais do que procurar “culpados” o intuito deste artigo é despertar-te para os sinais que o teu relacionamento te está a dar, quando está próximo do fim, ou próximo de uma grande renovação.
Estes 7 sinais são muitas vezes apresentados pelos pacientes e não devem ser ignorados, uma vez que negar a sua existência pode custar-te o estado da tua preciosa saúde mental.

Testemunho da Dina Alves sobre o ebook
