Resumo:

Este artigo ajuda de forma pratica a entender como decorre uma constelação familiar.

O objetivo é ajudar-te entender o funcionamento da mesma. Para isso, convido-te a fazer uma mini-constelação.

Ser simultaneamente “sujeito” e “objeto” num processo complexo pode ser um processo difícil e complexo.

Sobretudo quando se trata da mesma pessoa, analisar e confiar no processo pode tornar-se tarefa difícil.

Por isso o meu convite consiste apenas numa mini-constelação, ou seja, num pequeno movimento no qual tu própri@ avalias se é possível ou não fazer a tua própria constelação.

Mais do que conceitos teóricos, a constelação familiar implica fazer movimentos na prática para que novas perspetivas e novas leituras da nossa realidade interna possam emergir.

Desde esse novo lugar ou desde essa nova perspetiva, na qualidade de leitor podes aprender a ressignificar um problema, uma preocupação ou objetivo ou meta a atingir.

Se tudo é uma questão de perspetiva, então é necessário confiar no “campo” ou no processo de uma forma intuitiva.

É através da intuição e da análise que nasce a síntese, a qual é tecida por ambos os hemisférios cerebrais numa dança onde a neuroplasticidade constrói novas realidades perante velhos problemas.

O artigo de hoje ajuda-te a explorar esta(s) nova(s) possibilidade(s) ao converteres o(s) teu(s) problema(s) na tua(s) solução(ões).

Todo o problema contém a solução

(2015, Sophie Hellinger durante o Hellinger Training Camp).

“As escolhas que fazemos na vida não são só nossas. São uma destilação de tudo o que veio antes de nós. Quanto mais conscientes nos tornamos da nossa linhagem ancestral, mais liberdade temos para honrar o que é melhor e deixar ir o resto!”

citação de Denise Linn referida por Natalia O’ Sullivan e Nicola Graydon

constelações familiares

Proposta para uma mini-constelação

Hoje vou-te passar a bola.

Para compreender o funcionamento da Constelação Familiar é necessário vivenciar os movimentos e as dinâmicas que se vão gerando.

Fazer uma Constelação Familiar pode parecer uma tentativa intimidante, pois os movimentos são complexos para quem inicia.

Por isso, convido-te a fazer uma mini constelação aí em tua casa.

 Para isso basta ir buscar papel e lápis sentares-te.

Para e relaxa um pouco. Podes fazer 3 respirações profundas: inspirar profundamente, reter um pouco ar e inspirar tudo ao teu ritmo.

 Podes voltar a repetir inspirando mais um pouco e expire mais uma vez.

E assim sucessivamente até completar 3 ou 4 respirações profundas.

O objetivo é relaxar a mente e o corpo.

Agora que já se sente um pouco mais aliviad@, peço que recordes um problema, um tema ou uma preocupação que tenhas tido ultimamente.

Presta atenção, como este problema te afeta.

Ou poderás também considerar necessário e urgente, um determinado objetivo que queiras concretizar.

Pega na folha branca A4 e na zona central dessa folha, desenha um círculo. Dentro desse círculo vais escrever uma frase.

Essa frase vai representar nada mais nada, menos do que o teu “PROBLEMA”, preocupação ou objetivo a atingir.

Se optares pelo objetivo, então escreve-o na afirmativa.

Verifica ainda se esse problema, objetivo ou preocupação, se depende de ti.

Os problemas e os objetivos que dependem apenas de nós própri@s, têm mais probabilidade de serem concretizados com sucesso.

Seguidamente, escreve no canto superior esquerdo a palavra “RECURSO” ou “DOM”.

Neste quadrante superior esquerdo, vais ter que especificar um recurso ou uma capacidade que tenhas para poder atingir esse objetivo, ou resolver esse problema. Poderás também descrever um dom único. Esse dom pode corresponder a algo que é só teu e de mais ninguém.

No outro do canto superior direito, escreve “OPORTUNIDADE” qual é a oportunidade que necessita para que esse objetivo se concretize ou para que esse problema se resolva.

Já no canto inferior esquerdo, vou-te pedir que escrevas “AQUILO QUE ESTÁ A MAIS”. Deixa-me explicar-te melhor: “qual é a atitude que estás a mobilizar, mas em excesso?”.

Por último, no canto inferior direito ou seja no último quadrante, “O QUE ESTÁ A MENOS?”. Isto é, “que atitude te falta desenvolver mais?”.

Reunindo todas estas informações, neste momento já tens os quatro quadrantes preenchidos.

Agora vou-te pedir que escrevas nesses pequenos papéis: o recurso, a oportunidade, a atitude que está a mais e a atitude que está a menos. Peço-te que feches esses papéis, como se fossem papéis de um sorteio.

Agora necessário sorteá-los, ou seja, baralhá-los e distribuí-los dentro de cada canto da folha.

Ao fazer o sorteio é preciso que saibas que deves confiar no processo. O que quer isto dizer?

Significa que o teu inconsciente sabe exatamente aquilo que é importante para ti e por isso saberá exatamente onde colocar cada papel, mesmo que o conceito escrito no papel se situe num quadrante diferente.

O desafio deste exercício é saber encontrar um novo significado, uma nova leitura da nossa realidade interna que agora se espelha nesta atividade.

O nosso inconsciente é sábio e sabe exatamente o que é apropriado para nós, a cada momento. Sabe ainda qual a resposta para as tuas dúvidas.

Para isso tens que parar um pouco para silenciar a mente e tomar algumas respirações profundas e, quando for o timming certo, distribui cada um dos papelinhos, sem pensar muito.

Esta atividade desafia a intuição, sobretudo porque o cérebro racional deve interferir o menos possível.

Confiar no Campo

Quando as pessoas se reúnem para fazer uma Constelação Familiar, a intenção de cada uma gera um campo, uma ressonância.

Por vezes não é estranho que várias pessoas até apresentem ao facilitador o mesmo tema.

Então a tua intenção ao evocar um determinado objetivo, problema ou preocupação emite uma frequência energética.

Os papéis materializam pensamentos e a distribuição dos mesmos simula o movimento do teu inconsciente.

Por isso a leitura é o momento no qual podes observar o movimento do teu pensamento mais inconsciente.

Esse movimento interno que corresponde ao movimento do teu inconsciente pode mostra-te o que está a acontecer contigo nesta fase.

Especificamente pode mostrar-te desde bloqueios a soluções, passando até por estratégias ou alternativas para encarar a realidade que estás a viver seja ela qual for.

A leitura ajuda a ressignificar o que estás a passar. Esta nova perspetiva sobre a mesma realidade faz-nos perceber e valorizar a neuroplasticidade do cérebro.

A neuroplasticidade aumenta se o hemisfério direito e o hemisfério esquerdo trabalharem em conjunto em vez de lutarem um contra o outro, pois para tudo se quer: razão e emoção; análise e intuição. A síntese resultante dos hemisférios é bem mais rica do que limitada apenas a um deles.

Para isso é bem confiar no Campo.

Mas o que é o Campo?

É a energia envolvida em torno da intenção que a pessoa colocou ao escolher um determinado tema.

O campo não abrange uma só pessoa; é mais amplo do que isso.

Abrange todas as intenções de todas as pessoas envolvidas.

Rupert Sheldrake é biólogo britânico que estuda as espécies de pequeno porte.

O seu contributo para a compreensão do termo “Campo” é relevante.

Pois a sua experiência indica que as espécies “mimetizam” ou seja imitam condutas de outras que lhe antecedem mesmo sem as terem conhecido previamente.

Assim, a espécie guarda a memória do sistema.

Dito de outra forma, vejamos o caso das espécies migratórias que se deslocam em bandos para outras zonas geográficas.

Embora a temperatura e o biorritmo das aves contenham indicadores, as aves têm que decidir o justo momento em que deixam de estar em terra e partirem em conjunto para outras áreas com temperaturas mais adequadas.

A decisão, a velocidade, a jornada em conjunto leva-nos a considerar que existem fatores relacionados com a memória e que orientam a jornada destas aves.

Com esta constatação podemos tentar entender que indivíduos de uma mesma família podem padecer do mesmo sintoma em locais diferentes.

Sabemos que as células guardam memórias sobretudo no que diz respeito à morfologia, às funções e ao tipo de sistema de tecidos que compõem os órgãos que auxiliam o funcionamento do nosso corpo.

Este movimento sintonizado faz do corpo humano uma máquina fantástica!

Mas mais do que memória celular, segundo o entendimento que R. Sheldrake disponibiliza parece ser que também a sintomatologia pode manifestar sincronicidade para além do espaço e do tempo.

Aqui fica o convite para desafiar as tuas crenças.

O que os Clientes Felizes dizem sobre as Constelações Familiares

“Todos crescemos com o peso da história sobre nós. Os nossos antepassados habitam nos sótãos dos nossos cérebros e nas cadeias em espiral do conhecimento escondidas em cada célula dos nossos corpos”.

(citação de Shirley Abbott referida por Natalia O’ Sullivan e Nicola Graydon)

“Governa-nos uma fidelidade aos antepassados que se tornou inconsciente e invisível. É importante torná-la visível, apercebermo-nos dela, entender o que nos impulsiona e, possivelmente, ver se não precisamos de reenquadrar esta lealdade, a fim de nos libertarmos de novo para viver a nossa própria vida”

(citação de Anne Ancelin Schutzerberger)

Resumo:

O objetivo é ajudar-te entender o funcionamento da mesma. Para isso, convido-te a fazer uma mini-constelação.

Ser simultaneamente “sujeito” e “objeto” num processo complexo pode ser um processo difícil e complexo.

Sobretudo quando se trata da mesma pessoa, analisar e confiar no processo pode tornar-se tarefa difícil.

Por isso o meu convite consiste apenas numa mini-constelação, ou seja, num pequeno movimento no qual tu própri@ avalias se é possível ou não fazer a tua própria constelação.

Mais do que conceitos teóricos, a constelação familiar implica fazer movimentos na prática para que novas perspetivas e novas leituras da nossa realidade interna possam emergir.

Desde esse novo lugar ou desde essa nova perspetiva, na qualidade de leitor podes aprender a ressignificar um problema, uma preocupação ou objetivo ou meta a atingir.

Se tudo é uma questão de perspetiva, então é necessário confiar no “campo” ou no processo de uma forma intuitiva.

É através da intuição e da análise que nasce a síntese, a qual é tecida por ambos os hemisférios cerebrais numa dança onde a neuroplasticidade constrói novas realidades perante velhos problemas.

O artigo de hoje ajuda-te a explorar esta(s) nova(s) possibilidade(s) ao converteres o(s) teu(s) problema(s) na tua(s) solução(ões).